terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Veneza - 1° dia

VIAGEM EUROPA:
DIA 20 de Fevereiro de 2011
Embarcamos em Guarulhos, às 16 horas, e começamos nossa saga de 11 horas até o velho continente. Fomos pela Alitália e foi a primeira vez que viajamos num Boeing de longo alcance, com 3 fileiras de cadeiras, cada uma com televisores individuais, onde você pode escolher entre filmes, jogos, músicas e outras informações, além de poder acompanhar, na tela central, os dados do voo, como posicionamento via GPS, velocidade do avião, tempo e distância até o destino....


(entrando em solo africano)

Dia 21 de Fevereiro de 2011

Todos esses ítens nos ajudaram a "superar" as 10 horas e 43 minutos, cronometrado no meu relógio. Desembarcamos em Roma e, para pegarmos nossa conexão até Vezena, pegamos um trem que nos conecta a outra parte do aeroporto (nestas horas que percebemos o quanto nossos aeroportos estão atrasado em estrutura). De lá, após passar pelo posto de verificação de passaporte (ou seja, lugar onde barram alguns "turistas" por N motivos) seguimos para a área de embarque.
Dica: Os países da comunidade européia exigem que todo turistas tenha um seguro-saúde. Eu consegui o nosso graças ao primo André, que me informou que alguns cartões de crétido já possuem esse serviço incluso. Entrei em contato com a Mastercard e, em poucos minutos, me enviaram nosso seguro por-email.

Mesmo sendo obrigatório, normalmente, eles não pedem esse documento, porém, para aquele perfil de extrangeiros que parecem estar entrando para trabalhar ilegalmente (jovens, solteiros, brasileiros...) ou se "aproveitar" do sistema de saúde público local, eles podem exigí-lo. Uma brasileira na nossa frente teve que acompanhar um funcionário da seção de inspeção de passaporte, para uma salinha, onde já haviam mais pessoas aguardando, e não conseguiu, pelo menos até onde vi, passar pelo "bloqueio".
Nós fomos "entrevistados" em inglês para saber o motivo da viagem, e depois de uma bela "olhada" dos pés a cabeça, passando pela aliança na mão esquerda, fomos liberados e nosso seguro nem foi solicitado.

O avião de Roma para Veneza, também da Alitália, era bem "podrinho", parecia que estávamos dentro de um ônibus.
Desembarcamos na pista do aeroporto Marco Polo, em Veneza, e pegamos aqueles ônibus que nos levam até o aeroporto.

Minha esposa ficou na esteira para pegar nossas malas enquanto fui pegar um carrinho para carregá-las. Logo vi os carrinhos mas estavam todos "presos", uns aos outros, por correntes. Pedi informação a um italiano que me informou que deveria "depositar" uma moeda de 1euro para poder liberar um carrinho e fui até uma maquina trocar uma nota de 5 euros por moedas. Tive ainda que explicar todo processo para uma americana que insistia em enfiar uma nota de 1 dollar pois não tinha euro. No fim, dei uma moeda para ela também. Este processo demorou tanto que, quando voltei, a minha esposa já estava me dando bronca pois nossas pesadas bagagens já estavam na mão dela, e ela teve que tirar sozinha.

Como nossas malas possuem rodinhas e a saída é bem próxima, nem utlizamos o carrinho que devolvi e peguei a moedinha de volta.
Passamos pela porta de saída e sentimos a brisa de Veneza, a 8 graus, nos dando as boas vindas.

Para se chegar ilha de Veneza você pode ir de táxi, lancha ou de ônibus circular. Escolhemos a 3ª opção que é a mais barata. O ônibus fica estacionado logo em frente à saída do aeroporto. Você paga 3 euros por pessoa, pode comprar o ticket com o próprio motorista, e valida seu ticket num leitor, dentro do ônibus, como em S.Paulo. O trajeto é de uns 15 minutos, cerca de 13 km. O ponto final é Piazzale Roma. De lá você já pode pegar um vaporeto (tipo de barco que funciona como "ônibus" local), dependendo de onde está hospedado, ou seguir a pé.
Dica: Se ficar hospedado perto da Basílica de São Marcos ou Ponte de Rialto, pegue o vaporeto pois evita se desgastar nas muitas pontes, e o piso não é dos melhores para se carregar malas.
Como ficamos próximo a estação de trem Santa Lucia, fomos caminhando.


Atravessar a ponte di Calatrava com uma mala de 24 quilos não foi fácil, nem silencioso, pois o barulho das rodinhas, a cada degrau vencido, nos dava vergonha pelo escândalo, mas depois fica até engraçado, principalmente quando você vê outras pessoas passando pelo mesmo constrangimento (por que não fazem uma rampa?).
(cruzando a Ponte della Costituzione)

Chegamos ao nosso hotel"Abazzia", na Calle Priuli dei Cavaletti, 68. É uma travessinha bem estreita.

O hotel, pelo menos até agora, é muito bom, apesar de bem simples, é confortável. Não possui elevador mas nada que comprometa nossos esforços (já a do maleiro...). Fica ao lado da estação de trêm e, tirando o sino que toca mais de 100 vezes em horas determinadas, não temos do que reclamar. Acesso à internet, banheira com água bem quente, café da manhã gostoso e um antendente que fala português (milagre).

(travessa do nosso hotel)

Nota: Fechamos todos nossos hotéis pelo site www.booking.com.

Como nosso check-in era às 14 horas, e chegamos 4 horas antes, deixamos nossas malas no hotel e seguimos, finalmente, para conhecer a cidade, suas pontes e córregos. Percebemos que as ruas estavam cheias de confetes jogados e depois, lendo em um cartaz colado na porta de uma loja, vimos que, no dia anterior, fora o primeiro final de semana do carnaval de Veneza.

(Os confetes espalhados pelas ruas)

Começamos a caminhar e caminhar e caminhar.....

(engraçado ver uma rua acabando num córrego)

Como li em outros blogs que o legal é você se perder pelas ruelas sem se precupar, assim o fizemos. Andamos, andamos e andamos.

(as casas amontoadas e os tradicionais varais com as roupas penduradas)

As construções são bem antigas e, a maioria, não esconde a idade, nos passando a impressão que, se fosse no Brasil, lembrariam cortiços.

(uma ruela "medonha")

O mais legal é se espantar quando, do nada, se depara com uma linda construção, ou o que restou dela, chamando a atenção dentre tantas outras, como igrejas ou pracinhas simpáticas.

(Chiesa San Giacomo di Rialto)



Achei muito legal que em Veneza você escuta diversos idiomas ao mesmo tempo.


Continuamos nossa caminhada até encontrar a Ponte di Rialto e a Piazza di San Marco. A ponte é a maior de Veneza e é rodeada por lojinhas.

(Ponti di Rialto com decorações do carnaval)

Já na Piazza está a Basílica di San Marco, o Palazzo Ducale, a galeria de arte moderna, a Campanile di San Marco e outras edificações.


(ao fundo a basílica di San Marco)

Nessa piazza, partindo em direção ao grande canal, estão 2 pilastras. Uma com a estátuas de um leão com asas, que simboliza o patrono da cidade, São Marco, a outra tem um soldado, que representa São Teodoro, um general grego que foi patrono de Veneza, com um dragão aos seus pés (foi colocado depois, porém não encontrei o significado).

(pilares com as estátuas na Piazza di San Marco)

As pilastras eram a porta de entrada cerimonail de Veneza, mas também era o local de enforcamento e decapitação de criminosos, traidores e até homossexuais. Dessa forma, venezianos supersticiosos evitam passar entre as colunas, considerando que elas dão azar.

Depois de muitas fotos fomos comer num restaurante de rua, próximo a basílica. Pagamos aproximadamente 13 euros por prato (spagheti com polpete e carne com funghi) e mais 5 euros por refrigerante, além dos 12% de serviço. Putz, num almocinho quase R$80!
Começamos a busca pelo caminho de volta. Como ficamos hospedados próximo ao terminal de trêm, seguíamos, quando elas não desapareciam, as placas que indicavam o caminho para "Piazzale Roma" ou "Alla Ferrovia". Após muitos passos, consulta ao GPS (que não serve para muita coisa em Veneza) e caminhos errados, encontramos nosso hotel.


Fizemos nosso check-in, tomamos um belo banho de banheira e fomos descansar. Eram aproximadamente 18 horas e, sem jantar, pegamos no sono até às 8 da manhã do dia seguinte. Conseguimos "hibernar" graças ao cansaço da viagem e a falta de sono no avião.

* Yá, obrigado por tudo!

3 comentários:

  1. estou acompanhando, sempre bom ler narrativa, imaginar os lugares, as sensações!

    bosa viagem!

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  2. Que vontade me deu de me perder pelas ruas de Veneza!

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  3. 'Seu' óculos é da Aline?

    Hey! Eu sou o André da história!

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