quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Dicas sobre Santiago (Valle Nevado) e Buenos Aires

Como comentei no tópico sobre nossa viagem, em Julho de 2010, para Santiago (e Valle Nevado) e Buenos Aires, , aprendemos bastante para quem vai esquiar pela primeira vez e vamos dar algumas dicas.

Em Santiago, apesar do frio, não venta tanto como em Buenos Aires. Nós pegamos temperatura de 3 a 15º C. A cidade é bem organizada e fácil de andar de metro.
A cidade parece bem mais segura que S.Paulo, mesmo na região central.
A estatura média da população, tanto que eu, com meus enormes 1,69m, me sentia alto ao andar nas ruas.
As tomadas são todas 220v. Apesar dos 3 pinos (alinhados), as tomadas que usávamos aqui no Brasil (até 2009), encaixam perfeitamente.


(foto da tomada do apartamento).

Assim como em todos os países Sul-Americanos (com exceção do Brasil), a comida é bem parecida, com papas (batatas) de todas as formas (fritas, assadas, salteadas, amassadas...) acompanhadas de uma carne, normalmente frango ou peixe. Não encontramos feijão.

Para trocar Real por Peso Chileno, encontramos os melhores valores nas casas de Cambio da Calle Moneda, bem próxima ao Palacio de La Moneda, porém ,antes de trocar, compares os preços.

Valle Nevado:
Como fomos pela primeira vez, achei interessante passar nossos aprendizados:

A primeira é o aluguel das roupas. No centro de Santiago, perto das ruas Bandera e San Martin, existem "brechos" que vendem roupas de neve, de segunda (ou terceira) mão. Sai um pouco mais caro do que alugar, porém talvez até compense, já que você não vai suar essas roupas em São Paulo.

A segunda é o aluguel do equipamento. Não precisa alugar equipamento em Santiago, como fomos "forçados" pela empresa Skitotal, antes de seguirmos viagem para o Valle. Além de você pegar fila para alugar, ter que levar na van, carregar todo o equipamento do estacionamento das vans até a estação de ski (que dá uns 300 metros), você ainda tem que "cuidar" deles até a volta e pegar outra fila para devolver o equipamento em Santiago. Deixe para alugar no próprio Hotel, já em Valle Nevado, que o preço é semelhante.

A terceira em relação ao transporte. Fomos com a empresa Skitotal (www.skitotal.cl), que possui vários pontos de venda espalhados em
Santiago, desde shoppings, até sua central, na Avenida Apoquindo, 4900, loja 39, no bairro Las Condes (fica a uns 800 metros do metro "Escula Militar"). A estrada para subir até a estação de ski é bem chata, cheia de curvas fechadas, e todos os veículos seguem em fila. Como você sai de aproximadamente 500 m de altitude para mais de 3000 m, talvez sinta algum mal-estar no caminho. Outra opção é ir de helicóptero. O próprio hotel Valle Nevado Ski Resort Chile (www.vallenevado.com), que abriga a
estação de ski, oferece esse transfer aéreo por U$1100,00, que pode ser dividido por 6 pessoas, sem bagagens. Preço só de ida. Essa viagem demora 15 minutos.

A quarta é sobre a "entrada" no parque. Assim que você chegar ao resort, se já estiver equipado, pode descer na primeira rampa e começar a esquiar sem pagar nada. O valor que você paga, e recebe uma etiqueta para colocar no zíper da jaqueta, é para ter acesso aos teleféricos. Após as 14 horas o preço cai pela metade. O preço normal, quando fomos, era de 33.000 pesos chilenos, equivalente a um pouco mais de
R$100,00. Se você só vai tentar ficar em pé, sem descer as rampas, pode alugar os equipamentos e roupas e ficar "brincando" na parte plana da pista, onde é feita a 1ª parte da aula. Então, nesta caso, não precisa comprar a "entrada". Na imagem dá para ter uma idéia da área que dá para você usar em azul.

Se você comprar a aula, terá que comprar a "entrada", já que na 2ª parte da aula você vai precisar usar o teleférico.

Se você for passar o dia, leve uma sacola com lanches e bebidas, pois o preço para alimentação nos quiosques e restaurantes é um pouco mais elevado que o normal.

Se você quiser mesmo aprender a esquiar, recomendo que reserve um quarto no Hotel, pois a viagem de Santiago ao Valle Nevado é muito cansativa. Existem pacotes promocionais de equipamento e aulas para quem está hospedado no hotel.

A maioria das vans marcam de ir embora às 17 horas, causando um grande congestionamento na estrada. Isso não altera tanto, já que a velocidade na descida é bem lenta mesmo.

A quinta dica é: Leve protetor solar porque o Sol queima muito.



Buenos Aires
Como a cidade fica diretamente com a cara para o Atlântico venta muito, o que "piora" o frio.
A cidade não é mais segura como uns 10 anos atrás, ou seja, está bem parecida com São Paulo. Na calle Florida, principal rua para compra de turistas, não se pode mais andar como "o turista", olhando para todos os lados menos para os que estão ao seu lado. Fiquem atentos com bolsas, carteiras, filmadoras...O número de trombadinhas e moradores de rua aumentou muito nos últimos anos.
A corrente também é 220v, porém a tomada é de 2 pinos, como as nossas, mas também encontramos quartos com 3 pinos chatos. Se precisar comprar adaptadores, você encontra vários ambulantes vendendo na calle Florida por um preço bem baixo.
O táxi continua barato (em relação à São Paulo), o que se torna uma boa opção.
Em Puerto Madeiro estão os restaurante mais "brasileiros", e dá para matar a saudade.

Por enquanto não me lembro de mais nenhuma dica.

Espero ter ajudado.

Viagem para Santiago e Buenos Aires - Parte 10

02 de Agosto de 2010.
Acordamos as sete da manhã, tomamos café se fomos para o aeroporto de táxi.
Chegamos as nove de tínhamos que embarcar pelo “benefício” da minha prima, funcionária da Gol. Sendo assim, precisamos esperar o encerramento do check-in dos passageiros para saber se existe vaga disponível. Bem neste final de semana (último final de semana das férias escolares), a Gol começou a apresentar um atraso dos seus vôos, por uma “falha na escala da tripulação”, e, desde há uns dois dias atrás, essa falha causou atrasos e até cancelamento de vôos da empresa. Estava difícil arrumar lugares nos vôos e não paravam de chegar beneficiados para embarcar. Perdemos os vôos das 11:00, das 11:20, das 14:40 e, no vôo das 15:30, apareceram sete vagas, pois este vôo levava mais de cinco horas para chegar em São Paulo, pois fazia 2 escalas. No dia em que chegamos à Argentina, minha esposa estava com as vias nasais toda entupida e com dor no ouvido e, na hora que o avião desceu para pousar, ela sentiu muita dor no ouvido. Sendo assim, ficamos preocupados que essa dor voltasse nesses três pousos que este vôo faria. Todos os beneficiados embarcaram, com exceção de nós. Após comprar duas passagens de volta para S.Paulo, no mesmo vôo que meu primo Raul pegaria, as 21 horas, esperamos até nosso embarque. Desde nossa chegada ao aeroporto e até nossa decolagem, se passaram 13 horas 40 minutos.
Finalmente chegamos à Guarulhos e meu irmão Alexm foi nos pegar, junto com minha mãe.
Fim de férias!
Nota: A distância do aeroporto de Ezeiza até o centro da cidade leva, aproximadamente, uns 30 minutos. A autopista é boa e existem, apenas nesse pequeno trecho, três pedágios. Já dentro da cidade, a pista passa acima do nível da rua, como o elevado Costa e Silva (ou o "Minhocão") de São Paulo.

Vídeo com os melhores momentos da viagem:

Viagem para Santiago e Buenos Aires - Parte 09

01 de Agosto de 2010

Acordamos umas oito e fomos tomar café. Saímos do hotel e fomos para o hotel dos nossos tios. De lá fomos para Recoleta, para visitar o cemitério (programinha bizarro). A entrada principal estava em reforma e entramos por uma portinha improvisada feita ao lado.


Depois seguimos ao “Hard Rock Café”, que fica ao lado, para o André tirar foto, mas ele ficou decepcionado porque nesta unidade não tem a guitarra tradicional na fachada. Continuamos andando até a Plaza das Nações Unidas, para tirar fotos da “Floralis Generica”, que é uma flor feita em metal, feita pelo arquiteto local, Eduardo Catalano. O nome “genércio” significa que a flor representa todas as flores do mundo. As pétalas se abrem as oita da manhã e se fecham ao anoitecer, ficando com uma luz vermelha no centro, aguardando o “renascer”.


Seguimos andando na avenida Presidente Figueroa Alcorta, por 1,5 km até chegar ao Jardim Japonês (http://www.jardinjapones.org.ar/). Pagamos cerca de U$4 por pessoa para entrar.

De lá pegamos um táxi e fomos almoçar em Puerto Madero, desta vez no restaurante, que é um tipo de rodízio brasileiro. Comemos bem e gastamos uns U$55 cada.
Fomos andando até a calle Florida e demos uma passeada pelas poucas lojas que estavam abertas. Compramos nossa recordação de viagem, que é o obelisco em cristal, de uma ambulante, que vende seus produtos numa tenda esticada no chão. Fomo novamente comprar algumas coisas na loja da Havanna.
Fomos para o hotel descansar e depois fomos comer em um restaurante em frente ao nosso hotel.

Viagem para Santiago e Buenos Aires - Parte 08

31 de Julho de 2010.
Acordamos com o Raul, nosso outro primo que, junto com sua esposa Emi, se hospedaram no mesmo hotel, ligando no nosso quarto. Todos nos encontramos no restaurante para tomar café. De lá fomos ao hotel do nossos tios (que são pais do Raul). Tiramos fotos na “Casa Rosada” e pegamos dois táxis e fomos visitar La Bombonera (estádio do Clube Atlético Boca Juniors) e depois ao Caminito, que fica a duas quadras de distância.

Caminito é uma rua no bairro de La Boca, ao lado do Estádio do Boca Júniors. As casas de madeira e de chapas de zinco, pintadas com cores fortes, são do estilo "conventillo boquense", um tipo de vivenda popular (o famoso "barraco"). Se tornou um dos principais pontos turísticos de Buenos Aires.

Pegamos novamente o táxi e descemos em Puerto Madero.
Puerto Madero é um porto antigo que teve seu projeto desenvolvido pelo arquiteto Eduardo Madero, que se inspirou no porto de Londes e foi construído no fina do século XIX. Em 1989 passou por uma grande urbanização e, atualmente, é um dos bairro nobres da cidade, abastecido de restaurantes, prédios comerciais e residenciais, hotéis, bares, centro culturais e outros pontos de entreteniento. Lá encontra-se também a "Ponte de La Mujer", criado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava Valls, que representa uma casal dançando tango.

Fomos recomendados para comer no restaurante Siga la Vaca, preferio dos brasileiros, porém estava lotado. Arrumamos lugar em outro restaurante, no mesmo porto, que não me lembro o nome, que serviu a famosa parilla argentina, que se trata de um rechau com vários tipos de carne, principalmente, miúdos de porco. Não conseguimos comer os miúdos.
De lá fomos até o bairro Palermo, na Avenida Córdoba, altura do nº 5000, onde estão as Outlets (pronunciado como “Aulét” pelos argentinos). Nossa corrida de taxi do porto até lá custo cerca de 25 pesos.
Lá encontramos várias lojas multimarcas com Nike, Adidas, Puma, Reebok, além de lojas com roupas sociais, femininas e outras. Os preços são realmente em conta, porém, assim como nas Outlets em S.Paulo, os produtos parecem fora de linha, ou não são tão bonitos como os que encontramos nas lojas mesmo.
Como não estávamos achando nada legal (saudade do Panamá), deixamos os outros procurando e marcamos de nos encontrar numa loja do “Havanna” que tinha perto.
Depois de alguns minutos, todos estávamos tomando bebidas quentes, comprando caixas e caixas de alfajor, e voltamos para o hotel.
Como estávamos em seis, sempre tínhamos que pegar dois táxis. O Raul foi na frente com e Emi e, quando pegamos o nosso, o taxista, quando pedi para ir ao Gran Hotel Argentino, começou a me dar o maior sermão, dizendo que isso não é jeito de dizer o destino, que a gente tem que ter o nome e o número da “calle”, que são mais de cinco mil hotéis em B.Aires. Falei para o amado taxista que não sabia o nome da calle mais não o número. Ele, gentilemente e com uma cara muito simpática, continuo resmungando e nos levou para o hotel. Esse “viagem” foi meio tensa, porque a gente estava achando que ele estava dando uma enrolada nas ruas para aumentar a corrida, sem dizer que ele ainda parou no meio da rua para fazer uma “fezinha” na lotérica (e ainda se deu ao trabalho de pedir licença para nós). Algumas vezes ele tentou puxar assunto comigo, que sempre vou no banco da frente, ao lado do motorista, porém eu cortava logo o assunto (até porque o cara tinha um bafo bravo). Chegamos no hotel e nossa corrida deu uns 28 pesos. Depois, olhando pelo mapa, vi que ele fez o caminho “honesto” mesmo.
Fomos para o hotel descansar e depois desci com a Aline para jantar no restaurante do hotel.

Viagem para Santiago e Buenos Aires - Parte 07

30 de Julho de 2010

Madrugamos as quatro e já descemos para pegar a van. Chegando ao aeroporto, eu fiz o check-in com minha esposa, na LAN, e os outros dois foram tentar fazer o check-in pelo benefício de nossa prima, Aline1, pela GOL. Esse negócio de benefício é bem estressante, vou explicar mais ou menos como funciona. Os funcionários das companhias aéreas podem colocar alguns nomes de familiares ou amigos na sua "lista" de beneficiários, com isso esses ganham um belo desconto no valor das passagens, porém só podem usufruir deste benefício se houver lugares vazios nos vôos, e só sabemos isso após o encerramento das vendas e check-in destes vôos. Portanto você fica até o final sem saber se vai dar ou não para embarcar. Ás vezes seu lugar está praticamente garantido e, do nada, todos os assentos se ocupam e você perde seu lugar. É como seu time tomar o gol da desclassificação aos 48 do segundo tempo. Bom, explicado isso voltamos ao aeroporto. Eram cinco da manhã e meu embarque seria às seis e meia. O André foi avisado pela balconista da GOL que deveria esperar até as seis e meia para poder saber se dava para embarcar ou não. Durantes esses minutos todos ficamos apreensivos para saber se ele conseguiriam lugar, já que a GOL só faz 1 voo diário de Santiago à Buenos Aires. Se perdessem esse voo teriam que comprar as passagens em outra companhia. Chegou a hora do nosso embarque e deixamos os dois no aeroporto sem saber qual o final.
Nosso voo foi tranquilo, durou menos de duas horas e chegamos na Argentina com muita chuva.
Tinham muitos aviões pousando ao mesmo tempo, e tivemos que desembarcar na pista e ir até o aeroporto de ônibus. Já aproveitamos para tomar chuva, para sorte de Aline que estava gripada e com dor de ouvido. Passamos pela imigração e pegamos nossas malas sem nenhum problema. Saímos no terminal B, que é um termnal bem pequeno.
Como combinado com meu primo, ficamos esperando, apreensivos, o desembarque do voo da GOL, que aconteceu uns 20 minutos depois, segundo o painel de informações. Algumas pessoas desceram e nada dos dois. Esperamos mais uma hora e, nada. Depois, já desencanado com a chegada deles, comecei a procurar o voo da AirCanada, do meio-dia, que seria a segunda opção deles, e o da TAM, que seria o voo dos meus tios que também estavam vindo, e então percebí que, numa coluna bem pequena da tela de informações, estava marcado o terminal "A".
Saí do lugar onde estava e fui procurar o terminal A, que é um espaço enorme (em relaçao ao terminal B). Então logo imaginei que eles, ou pelo menos um deles, poderiam ter desembarcado e acabamos nos desencontrando. Como já não tinha o que fazer, e depois de duas horas esperando, seguimos ao plano B que era, se não encontrar com eles no aeroporto, esperar no conforto do hotel. Sendo assim, pegamos um táxi, por 120 pesos ( uns R$60,00) e chegamos ao Gran Hotel Argentino (www.hotel-argentino.com.ar), que fica na calle Carlos Peleggrini (como se fosse uma via local da Avenida Nove de Julio, a principal avenida da cidade, que tem o Obelisco). Quando o táxi parou, em frente nosso hotel, meu primo e a Aline2 já estavam nos esperando.
Fizemos o check-in no hotel e fomos dar uma volta pelos arredores.
Como estava chovendo muito e fazia muito frio, decidimos entrar em um restaurante na calle Florida para almoçarmos. Comemos muito bem, porém estava muito quente dentro de restaurante (tão quente que ficamos só de camiseta). Quando saímos acho que todos ficamos meio resfriados com o choque térmico. O André ainda foi dar uma volta na calle Florida e voltei para o Hotel com a Aline, que tomou um banho quente e foi se deitar. Quando anoiteceu nossos tios Kensho e Yá (padrinhos do André) ligaram no nosso quarto para jantarmos. Eu e a Aline, que estava dormindo, ficamos e eles foram jantar.

Viagem para Santiago e Buenos Aires - Parte 06



29 de Julho de 2010

Nosso último dia em Santiago. Acordamos umas nove e meia e fomos visitar a vinícola Concha y Toro (www.conhaytoro.com). Fomos de metrô (www.metrosantiago.cl) que é bem fácil, só perguntávamos aos funcionários para ter certeza do nosso caminho. Como fomos, antes, trocar alguns reais por pesos, embarcamos na estação Universidade de Santiago, na linha 1 Vermelha, sentido Escuela Militar, após quatro estações fizemos baldeação (combiación) na Baquedano para linha 5 verde sentido Vicente Valdes. Após outras doze estações, chegamos na estação final e fizemos outras baldeação para linha 4 azul, sentido Plaza de Puente Alto e, finalmente, após mais oito estações chegamos na estação mais próxima à vinícula.
O caminho é bem longo mas dá para você ficar olhando as paisagens em alguns trechos que não são subterrâneos (obviamente), ver o outro lado dos Andes, e algumas construções com casas bem mais simples, com telhados de placas de zinco (acho).

Ao saír da catraca pedimos informação a uma vendedora de bilhetes que nos deu a direção certa para encontrarmos as vans que levam à vinícola. Decidimos pegar um táxi que, por 5000 pesos, nos levou até lá, num trecho de uns 10 a 15 minutos.
Chegamos à Vinícola e compramos as entradas, que são adesivos coloridos que devem ser colados na blusa. Existem 3 tipos de entradas. A primeira é a "entrada grátis", para menores de idade, que é identificada com um adesivo verde. Neste caso não tem degustação dos vinhos. A segunda, que foi o da maioria dos turistas, é a azul, que pagamos 16000 pesos, que dá direito a uma taça com o nome da vinícula gravada e degustação de 2 tipos de vinho, e a terceira que inclui ainda uma terceria degustação de vinho e alguns tipos de queijo.
Após os adesivos colados nos encaminhamos para a vinícula em sí, ja que a "bilheteria" fica na entrada do estacionamento. Chegamos ao portão onde todos tiramos fotos. Agendamos nosso tour que começaria em pouco mais de 20 minutos, dentro de uma sala de projeção.
Logo a salinha lotou e seus 5 bancos estavam cheios, assim como as paredes ao redor deles, de turístas, sendo uns 90% brasileiros.
Assistímos um filminho de uns 10 minutos, explicando sobre a histótia da vinícola e seu papel no mercado atual.
A empresa possui diversos campos espalhados pelo Chile. Quando fomos ao litoral chileno vimos uma plantação de propriedade deles.
Saímos e fomos para a antiga casa da familia e para o perreiral. Como estávamos em Julho, os parreirais estavam todos podados, então só vimos um monte de "galhos".
De lá fomos ver as reservas dos tonéis de vinho, inclusive a reserva do "Casillero del Diablo", que é reservado no porão da casa, junto com uma lenda que dizia que o diabo morava lá. A familia inventiu esta história pois os funcionários estavam roubando os vinhos da reserva.

Terminado nosso tour, aproveitamos para almoçar no restaurante da vinicula mesmo.
As Aline pediram, por sugestão do garçom, um suco que chamava "chirimoyá" dizendo que era como um suco de uva, e eu pedíí um suco de manga. Quando as bebidas chegaram o tal chilemoya tinha uma cor branca pastosa e um sabor mais parecido para suco de fruta do conde (ou pinha) ou de graviola. Quem vocês acham que ficou com meu suco de manga?
Na volta conseguímos pegar um ônibus que vai ao metrô, por 480 pesos cada.
Para voltar usamos outro caminho do metro. Embarcamos na estação terminal Plaza de Puente Alto e seguimos direto até a Tobalaba, após 21 estações, e fizemos baldeação para linha vermelha, sentido San Pablo e descemos, após mais 11 estações, na Universidade de Chile. Para percorrer essas 32 estações levamos 50 minutos. Nós não descemos na estação Plaza de Armas (mais próxima de "casa") porque aproveitamos para fazer as últimas compras de lembrancinhas e presentes.
Voltamos, fizemos o check-out do hotel e reservamos uma van para o aeroporto. Arrumamos nossas malas e fomos comer num shopping ao lado da Plaza de La Moneda. As meninas pediram uma pizza (é impressionante como nenhuma é tão boa com as de S.Paulo), e nós, pra variar, Big Mac.
Voltamos e fomos cochilar até a van chegar.
Nota: Na calle La Moneda, próximo a Plaza de La Moneda, estão as casa de câmbio com os melhores valores que achamos para compra pesos.
A época da colheita das uvas começa no final de Fevereiro e vai até a primeira semana de Maio.
Para entrar no metrô você pode comprar os bilhetes avulsos ou comprar e carregar um cartão magnético. Este cartão também serve para passar nos ônibus, igual ao bilhete único em São Paulo, porém, os ônibus não vedem bilhetes na hora, ou seja, se você não tem o cartão não pode embarcar, teoricamente, já que vários chilenos entrar pela porta de trás e não pagam. Por coincidência, assistí num programa matinal local, uma matéria de fiscais pegando vários usuários que nem tinham o tal cartão para embarcar.

Viagem para Santiago e Buenos Aires - Parte 05


28 de Julho de 2010

Acordei cedo, pra variar, e comecei a escrever nosso blog até ser interrompido pela campainha tocando. Era o rapaz do aluguel do carro que veio entregar as chaves e uns papéis para preencher. Tive que descer como ele até a garagem para verificar o estado do carro e explicar sobre documentação, gasolina...Todos acordamos e fomos para Vinã del Mar e Valparaíso. Saímos da nossa calle e seguímos até o final, onde pegamos uma acesso para rota 68, que leva até o litoral.

Seguímos as placas e chegamos à estrada certa. A estrada é boa e parece com as boas de S.Paulo (Bandeirantes, Castelo...), principalmente porque tivemos que pagar 2 pedágios na ida e os mesmos 2 na volta (sim, tivemos que pagar os de volta também).
A paisagem é bonita, com montanhas e, ao fundo, dá para ver a cordilheira com as neves. Pena que não vímos os parreirais cheias, como meu irmão Ivan tinha nos ditos, pois já se passava a época da colheita (que é em Março/Abril).
Depois de uma hora e meia conseguímos chegar a Viña de Mar. Da entrada da cidade até o praia, a impressão não é das melhores, porém, lá embaixo a cidade é bem arrumada e bonita. Como fomos no inverno, nos informaram que a cidade fica bem vazia, só enchendo mesmo no verão (assim como o litoral paulista). A parte do mar, próxima ao centro, não tem areia, e sim um monte de pedras empilhadas. Mais à frente existe uma faixa estreira de areia e forma, o que até podemos chamar de, uma praínha. Quando olhamos da praia para o continente não temos uma vista muito bonita pois os morros estão cheios de casas meio empilhadas, o que me lembra um pouco as favelas brasileiras.
Como a Aline2 queria ir ao banheiro entramos em um shopping e, adivinhem, fomos fazer compras e aproveitamos para almoçar por lá (Mc Donald's de novo)
Seguímos para Valparaíso pela costa, onde está o "Relógio de Flores".


A estrada segue uma linha de trêm e passa em alguns pontos interessantes, como uma escola industrial (um tipo de SENAI) onde vimos os alunos com aqueles uniformes estilo Rebelde (meu uniforme no Colégio Agostiniano, em S.Paulo, também era social, com uma camisa branca, calça de tergal azul marinho, meia até o meio da canela branca e sapato preto) e as meninas de gravata e saia com pregas. Logo chegamos à Valparaíso, que é uma cidade portuária e não tem muito o que ver, além de uns funiculares e piers. Voltamos para Santiago seguindo umas placas e entramos numa rua que subia o morro, no meio de umas casinhas bem feias, que mais parecia uma entrada de favela de S.Paulo. Nessa hora ficamos preocupados pois o lugar era feio mesmo. Depois de temerosos 20 minutos conseguímos encontrar a estrada que nos levaria de volta.
Dica: O passeio de Viña del Mar e Valparaíso, pelo menos para mim, não vale à pena. A não ser que você nunca tenha visto o mar, só queira por o pé no mar pacífico (que é muito gelado), tenha vontade de ver um porto ou não tenha nada para fazer em Santiago. As praias brasileiras, mesmo as paulistas, são muito mais bonitas.

Voltamos em Santiago umas cinco horas da tarde e conseguímos achar nosso prédio. Após algumas horas fomos, de carro, ao restaurante giratótio (www.restaurantegiratorio.cl), perto da estação Los Leones.
Este restaurante fica no último andar de um prédio e as mesas ficam em cima de uma pataforma que vai rodando bem devagar, então você pode ter uma bela vista de Santiago à noite. A comida estava boa e o preço é igual ao de S.Paulo. Gastamos 44.000 pesos no total. Na volta paramos para abastecer o carro, já que tínhamos que devolver ele "full" e procuramos uma farmácia, pois minha esposa estava com congestão nasal. Rodamos uns 40 minutos no centro de Santiago e nada de farmácia aberta. Decidimos voltar para "casa".
Nota: O trânsito aqui em Santiago tem algumas peculiaridades. Na Alameda, como é conhecida da Avenida Libertador O'Higgins, existem duas pistas, às vezes até três, que ficam à direita, que são exclusiva para ônibus, táxis os vans (transporte coletivo), e acho que não pode circular caminhões, pois vimos um ser parado pelos "carabineros". Outra curiosidade é que, mesmo quando o farol abre para os carros e este forem virar à esquerda, ou direita, precisa esperar os pedestres atravessarem a rua.
Os carros de aluguel possuem um dispositivo no pára-brisa que funciona como "pedágio automático" (igual ao "sem-parar" em S.Paulo) que emite um bip quando passamos em algumas estradas. Então, quando for devolver o carro, pagará esses pedágios automáticos também. No nosso caso pagamos 5.000 pesos, além 6.000 de pedágio manual, dos 36.180 do aluguel carro mais 16500 de gasolina. Mesmo assim saiu mais barato que o pacote pelas agências turísticas. Outra nota, se você for dirigir nas estradas, tenha atenção com os carabineiros (policiais) que ficam em trechos de alta velocidade (como em uma descida), medindo a velocidades dos veículos.

Viagem para Santiago e Buenos Aires - Parte 04



27 de Julho de 2010.
Acordamos umas nove para ir a Plaza da Moneda e ver a troca da guarda às dez. Conseguímos nos achar e chegar as dez em ponto. Vímos vários outros brasileiros esperando a troca da guarda, junto com um guia local. Então tocou uma sirene e uns guardas trocaram de posição em menos de um minuto. Então os turistas foram embora e nós ficamos com caras de bobos. O André então foi perguntar ao carabineiro (guarda) se "aquilo" era a "troca" de guarda e ele nos avisou que a "troca" foi adiada para o dia seguinte.

Fomos então tomar café e depois fazer compras. Voltamos para nosso apê e depois fomos almoçar no Mercado Central. O mercado é cheio de box com pescados e frutos-do-mar, e ,como lido em outros blogs, os caras ficam te enchendo o saco para almoçar no restaurante deles. Comemos numas mesas que ficam no meio do mercado, que parece ser dominado por um tal de Augusto's, que está por todas as tendas de comida. Comemos peixes, já que nosso garçom parecia não estar muito interessado em no explicar o que eram os pratos com nomes estranhos. Gastamos 34 mil pesos, o André ainda gastou uma propina com um violeiro que tocou "Pense em mim" em nossa mesa.

Alugamos um carro para o dia seguinte, para irmos até o litoral pacífico, ou seja, Valparaíso e Viña del Mar.
Durante a noite começamos a jogar "Clue", uma espécie de "Detetive", que é um jogo de tabuleiro onde você precida descobrir quem foi o assassino, qual a arma e qual o local do assasinato (aquele jogo com o sr. Mostarda, Sr. Black..vocês já devem ter jogado também). Nossa janta foi petiscar nossas compras para o dia seguinte e comer as sobras do almoço do mercado central.

Viagem para Santiago e Buenos Aires - Parte 03


26 de Julho de 2010.
Acordamos as seis e meia, fizemos os lanches e arrumamos as mochilas para o passeio. A van veio nos buscar e fomos até a central da SkiTotal, no mesmo endereço que compramos os tíquetes no dia anterior. No caminho o motorista pegou outros brasileiro que estavam com crianças e iriam para Farillones, que é menos "radical". Pegamos um belo trânsito de segunda de manhã.
O André começou a reclamar de muitas dores nas costas. Chegando na central da empresa, umas nove horas, trocamos de Van e seguimos para o Valle Nevado. Dica: Assim que você chegar na Central deles, na Av. Apoquindo, eles vão te encaminhar para uma fila. Lá você deve alugar seus equipamentos. Como já tinha lido em outros blogs que não compensaria alugar lá, pelo trabalho de ter que carregá-los até a van, depois até a estação de esqui, depois retornar para van, e depois pegar outra fila para devolvê-los, decidimos sair de fila e já procurar pelo nosso motorista. Os preços do aluguel é semelhante ao preço cobrado pela estação de esqui. Nesta altura o André já estava desmaiando de dor e, numa parada no posto de gasolina, aproveitou para ir ao banheiro.
Seguimos viagem para o Valle Nevado e suas 40 curvas. A estrada é realmente perigosa, com as curvas bem fechadas e a pista, hora asfalto, hora neve com terra, escorrega bastante. Os carros colocam correntes para poder subir. Após eternas duas horas de viagem, trecho em que subimos de mil metros, chegamos aos mais de 3000 metros de altitude, umas onze da manhã. Durante a subida sentí uma tontura e um mal-estar bem chato. Não sei quanto custa para ir de helicóptero, porém o trajeto dura 15 minutos e, na próxima vez, vou nele.
Chegando lá, tivemos que arrumar um lugar para o André se deitar, pois estava reclamando de muitas dores nas costas. Arrumamos uma escada para ele "dormir".
A paisagem é realmente fascinante, pois quando chega lá em cima da para ver muita neve, tudo branco e o céu azul. O Sol estava brilhando e fazia muito calor quando ele batia no rosto.

Nos informamos sobre o aluguel dos equipamentos, das roupas e das aulas. A próxima aula começaria as 14 horas.
Dicas: Se você alugar os equipamentos, após as 13 horas, paga metade do valor. O ticket de entrada do parque é só para ter acesso ao teleférico. Se você vai pela primeira vez para tentar ficam em pé no ski, não precisa comprar esta entrada. Pode ficar na parte plana. A entrada fica em frente ao banheiro, em frente ao quiosque de churros, e você tem que descer por uma escada de ferro, onde os pessoas tem a primeira parte da aula. Nesta parte dá para praticar, sem precisar descer muito nas pistas e, conseqüentemente, sem usar os teleféricos. Leve protetor solar pois o Sol queima muito. (leia no blog o tópico "Dicas sobre Valle Nevado")
Como não sabíamos disso compramos 3 entradas (já que o André estava "de molho") por 33.000 pesos. A sorte foi que a vendedora nos avisou que, naquele dias, as garotas ganhavam 50% de desconto.
A aula começaria as 14 horas e, meia hora antes fui com a minha esposa alugar os esquis e tentar pegar a aula, porém quando terminamos todo o complexo processo de ajustar os equipamentos à nossa altura e peso, e conseguir andar com aquelas botas carregando os esquis e os batões até a pista, já tinha se passado das duas horas e, portanto, perdemos o início da aula. Então surgem o André, que disse estar melhor, e a Aline2, que correu para alugar os equipamentos.
Fizemos então o que temíamos, tentar aprender sozinhos, já que a próxima aula, com duração de uma hora, iria começar as quatro horas e, portanto, ficaria inviável, já que o motorista da van nos avisou que sairíamos neste mesmo horário. O André ficou encarregado de filmar nossos tombos e nós três fomos tentar copiar tudo que os alunos faziam. Tomei vários tombos e percebí que levaria um bom tempo para aprender a esquiar. Depois de uns trinta minutos já estávamos exaustos, e quase nem saímos do lugar. Como já havíamos comprado os tickets de entrada fomos dar um rolê de teleférico. A vista é mesmo muito linda.

Fomos devolver os equipamentos e embarcar na van.
Nota: A empresa SkiTotal foi boa para nos transportar até o Valle porém, se precisar de algum apoio, como nós precisamos com as dores do André, eles não deram nenhum auxílio e o motorista ainda foi bem grosso quando pedí para ele abrir a van para o André deitar.
Nossa viagem de volta foi bem cansativa pois todas as vans marcam para voltar no mesmo horário, deixando a trilha cheia e lenta. Chegamos à Santiago quando já tinha escurecido. O motorista grosso demorou bastante para achar o endreço do nosso hotel para nos deixar. Chegamos e fomos tomar um banho quente, finalmente.
Depois saímos ao redor do prédio para procurar um lugar para jantar. Os poucos resturante que encontramos ou eram peruanos, bolivianos ou chineses. Arriscamos um restaurante inca, na calle Monjitas, altura do nº 650. Minha esposa pediu um peixe gratinado com molho branco, a Aline2 pediu um macarrão bem parecido com um Yakisoba, e eu pedí um outro tipo de peixe. O André pediu só uma porção de arroz e pegou um pouco de cada. A comida estava boa apesar da música típica estar estourando nossos ouvidos.
Nota: andar à noite em Santiago é meio tenso, pois parece que todos estão esperando você dar uma bobeira para te roubar, mas é menos que em São Paulo.

Viagem para Santiago e Buenos Aires - Parte 02


25 de Julho de 2010 - Domingo
Acordamos umas nove da manhã e fomos ao Cerro San Cristóbal, contornando o Parque Florestal.
Ao lado do parque está o rio Mapocho, que corta cidade ao meio. Ao fundo dá para ver as montanhas cobertas de neve.
As ruas pareciam desertas, até porque era um Domingo de muito frio. Chegamos ao cerro após uns trinta minutos de caminhada, pela calle Pio IX. Aqui vão algumas dicas: Quando chegar ao cerro você verá um castelo temático que é a entrada do funicular (tipo um trenzinho que o leva até o topo). Existem 2 opções de subida, a primeira que vai até o zoológio (que fica no meio do trajeto) e a outra que vai até o topo. Não dá para comprar as duas ao mesmo tempo. Se quiser parar no zoológico e depois seguir até o topo, precisa descer e comprar um novo tiquete para o topo. Não precisa ir ao zoológico de funicular. Dá para ir andando pela entrada principal do zoológico.
O funicular é bem simples e conforme vai subindo você começa ter uma bela vista de Santiago com as montanhas ao fundo.
Chegando ao topo você pode apreciar um espaço com mirantes e comércios (bem parecido com o Pão-de-Açúcar no Rio).

Muitas pessoas vão até lá, porém só os turistas vão de funicular. Os moradores sobem caminhando, de bicicleta ou de carro. De lá vão para uma igreja que está após uns lances de escada, ou seguem subindo até a imagem da "Inmaculada Concepcíon", que fica no topo da montanha.

Ficamos um tempo admirando a vsta da cidade, quando percebemos que a maioria dos ciclistas pediam um "suco" com uns grão dentro. Fiquei curioso e fui experimentar o tal "Matte com Huecillos", que é um suco de: pêssego seco cozido em água com açúcar e milho (acho). Para "piorar", a bebida é gelada. Eu achei que tem gosto de suco de pêssego e o trigo, que você come com colher, parece uma canjica. Acho que, para quem pedalou até o topo do morro, qualquer bebida serve, até mesmo esta.

Descemos pelo funicular e, chegando na entrada do parque, percebemos que a fila estava enorme, parecia até as filas que encontramos no Hopi-Hari (parque temático no interior de S.Paulo) num dia ensolarado de final de semana. Perguntamos como poderíamos seguir para o zoológico sem usar o funicular e a funcionária do parque nos disse para virar a esquerda, contornando o parque que logo veríamos a entrada. E assim foi, após alguns passos, encontramos a entrada e uma fila, ou melhor, um aglomerado de adultos, crianças, bebês (em seus carrinhos) e adolescentes. Já eram umas onze de manhã e acho que este passeio deve ser um dos poucos para se fazer num domingo gelado.
O zoológico começa no pé do morro e termina no meio, onde dá acesso para a entrada daqueles que vão de funicular. Não gosto de atrações com animais como circo, zoológico ou aqueles que usam animais para ganhar dinheiro, como um rapaz que tinha uma lhama vestida com roupas típicas cobrando para tirar fotos dela. O único animal que achei interessante foi o tigre-branco, porém ele parecia bem estressado, numa jaula não muito grande para um animal daquele porte.
Descemos até a saída e voltamos pela calle Pio IX, onde paramos em um restaurante para almoçar.
Para quem quiser visitar a Fundação Pablo Neruda, deve sair do parque na calle Pio IX e virar À direita da calle Constituición.
De lá fomos para o metro Baquedano e compramos os bilhetes para ir até o Shopping Parque Arauco. Descemos na estação Escuela Militar e, antes do shopping, andamos mais uns minutos na Av. Apoquindo, até encontrar a loja da SkiTotal (www.skitotal.cl).
Compramos os tíquetes para o transporte do hotel até o Valle Nevado por 20.000 pesos cada. De lá fizemos um boa caminhada de uns 30 minutos, até o Shopping. Para quem já mora em S. Paulo e já tá de saco cheio de shopping, não vimos nenhuma novidade (e os preços nem são tão bons quanto no Panamá), e voltamos caminhando pro metro. As Alines já estavam bem cansadas a esta altura.
Aprendemos a fazer baldeação no metro, ou melhor, "combinación", até nossa estação "Belas Artes" (que, mais tarde, descobrimos que a estação mais próxima é a Plaza de Armas"). Paramos no mercado e compramos mais pão, queijo e salame, miojo, água, sprite e um suco de laranja, que se chama Watts (que todo mundo toma em Santiago), para levarmos para o Valle Nevado, pois todos que foram para lá avisaram que os preços são abusivos. Chegando em "casa" fizemos um miojo com frango assado e fomos dormir.

Viagem para Santiago e Buenos Aires - Parte 01

1º dia - 24 de julho de 2010
Eu, minha esposa Aline(3), meu primo André (mais conhecido como Bart) e sua namorada Aline (2) combinamos esta viagem há uns 5 meses atrás. Eu comprei minhas passagens pela LAN, no site de decolar (www.decolar.com.br), deixando somente as passagens entre Buenos Aires e São Paulo faltando, pois tentaríamos embarcar pelo “benefício” que nossa prima, Aline(1), irmã do André, que trabalha na GOL, ficou de arrumar para gente. Já o André e sua namorada tentariam pegar todos os vôos pelo benefício dela.
Sendo assim, saímos de S.Paulo e embarcamos no vôo da LAN às oito da manhã, direto para Santiago. No “caminho” conseguimos ver as montanhas cobertas de neve.
Após quatro horas de vôo, chegamos ao Aeroporto Internacional Comodoro Arturo Merino Benitez.
Fomos informados pelo comandante que a temperatura local era de 7ºC e já sentimos uma corrente fria quando as portas do avião foram abertas.
O aeroporto fica a uns 40 minutos do centro, como se fosse o aeroporto de Guarulhos para os paulistas.
Pegamos um fila bem grande na imigração que estava cheia de americanos e brasileiros. Depois perceberíamos que Santiago, ou melhor, Valle Nevado principalmente, é um retiro de férias para brasileiros,assim como Cancún para os americanos.
Voltando à imigração, depois de encarar mais de 45 minutos na fila, desta vez não tivemos surpresas (como em Cancún) e fomos pegar nossas bagagens, que já estavam nos esperando, já que os funcionários do aeroporto já tinham desligado a esteira, tamanha a demora nossa na fila da imigração.
("Obra" no aeroporto de Santiago)
Saindo do aeroporto, de acordo com minhas leituras em outros blogs de viagem, sabia que teria três opções para ir até o hotel. A primeira era o tradicional, mais confortável e mais caro, o táxi, que nos pediram algo em torno de U$50. A segunda opção eram as vans, que pegamos e pagamos U$20, para os dois. A terceira opção seria de ônibus que leva até a uma estação de metro, por cerda de U$2. Como estávamos com as malas e ainda não conhecíamos nada da cidade, tampouco do metrô, escolhemos a opção anterior. Na van tivemos que esperar mais uns 20 minutos, e com os pés quase virando sorvetes, até conseguir mais 3 passageiros, sendo 2 locais e 1 inglês. As pistas que liga Santiago ao aeroporto são muito boas, assim como as ruas do centro da cidade. Neste trecho deu uma impressão que estávamos em S.Paulo (apesar se não haver buracos nas ruas). As construções antigas são muito parecidas com as que encontramos na Sé, Anhangabaú, República...
Uma das principais Avenidas se chamava Libertador O'Higgins, mais conhecida como "Alameda", onde está o "cento financeiro" e comercial da cidade.
(Av: Libertador O'Higgins - mais conhecida como "Alameda")
Chegamos ao nosso "Hotel". Deixa-me explicar sobre nosso "hotel". Fechei pela internet o “San Marino Apart Hotel” (www.sanmarino.cl) que é na verdade um conjunto de 3 prédios residenciais que alguns proprietário compraram algumas unidades e os alugam para turistas. Ele é então um prédio residencial e não um hotel. Tem 2 quarto, sendo uma suíte com banheira, cozinha equipada com fogão, microondas, geladeira (como se fosse necessária) e armários com pratos, panelas e talheres.
(vista da sacada)
Como já tinha lido no site da tripadvisor (www.tripadvisor.com) é um bom custo beneficio, pois, como não se trata de um hotel, não existem serviços específicos, não tem café da manhã, nem restaurante próprio e nem é muito limpo, porém estamos pagando U$84 pela diária, dividido entre os dois casais. Existe um apartamento no terceiro andar que é tipo uma "portaria" para os turistas, lá você pode fechar pacotes de viagens, pedir os serviços de camareira, informações e até usar internet grátis, porém nós tínhamos wi-fi grátis no próprio apartamento, já que um vizinho deixou disponível seu acesso a internet, sem senha, com nome de "ale". Obrigado Ale!
No apartamento não tem sistema de aquecimento central como nos hotéis, então a sensação é de estarmos dentro de uma geladeira, dificultando, e muito, processos simples como, por exemplo, sair do banho ou da cama.
O apartamento está localizado no centro, bem próximo aos principais pontos turísticos da cidade. Estávamos a duas quadras da estação Plaza de Armas. Seria como se estivéssemos na Sé, em S. Paulo, com seus pontos positivos e negativos. Por exemplo, estamos a duas quadras do Palácio de La Real Audiencia y Museo Histórico Nacional, do Correo Central e da Municipalidad de Santiago, Basílica La Merced (vídeo)
As construções são bonitas, assim como o espaço, porém também parece ser um ponto de encontro para os mendigos e "pessoas mal-encaradas" da cidade. Outro ponto em comum com Sampa, no Paseo Ahumada só passam pedestres e existem muitas lojas da Falabella, Paris, Ripley e vários "Café com Pernas" como Café Haiti e Café Caribe (explicarei melhor esses "cafés" abaixo), além de várias baraquinhas de camelôs vendendo roupas de lã, luvas e gorros. Não seria igual se você fosse descrever as ruas da República? Tem até uma "Galeria do Rock", só que com lojas para "Peruqueria" (cabeleleiro). Só faltaram mesmo aqueles caras com placas de “Compro ouro” ou “Emprego”, penduradas no corpo. Outra desvantagem é jantar aqui por perto. Não tem nenhum restaurante bom, pois é um lugar meio abandonado durante a noite. Para encontrar bons restaurantes temos que ir para outros bairros como Providência, que é mais residencial, ou para Bella Vista, que é mais Vila Madalena. Sem dizer que dá um pouco de medo andar aqui à noite.
Em relação ao café é o seguinte, existem três tipos de café em Santiago: o primeiro é o que você toma na padaria, ou "panaderia", o segundo é um café um pouco mais ousado, onde normalmente é freqüentado por homens, onde as moças servem os cafés, atrás do balcão, vestindo mini-saias, e o lugar cheira fumaça de longe (pena que aqui não é proibido fumar em lugares fechados como em Sampa), e esses cafés têm a fachada de vidro espelhado, que não para ver direito dentro. O terceiro deve ser o famoso "inferninho", ou quase isso, que tem o letreiro "Cafe" com neon e o vidro é totalmente espelhado e, às vezes, dá pra ouvir as batidas do som dentro da casa e umas pessoas berrando (nem sei se servem café de verdade). Alguns desses cafés ainda deixam uns cartazes na frente, procurando por garotas de boa aparência para trabalhar. Vimos um cartaz de um desses cafés com uma foto de uma garota sem a parte e cima e com uma micro- saia mostrando metade da bunda e segurando uma banana.
Voltando ao nosso dia, fomos tomar uma chocolate quente no "Café da La Pausa", esquina entre as ruas Monjitas e Mosqueto, bem pequeno, com um carinha muito engraçado parecido com o Nando Reis, que nos atendeu. Dentro do café tinha uns quadros de umas celebridades, como Woody Allen. Minha esposa pediu um chocolate quente com menta e eu com laranja, já que não havia a opção de “somente” chocolate-quente. Na parede existem os periódicos (jornais) disponíveis para quem quiser ler. O "Nando" colocou um CD com músicas brasileiras (Bossa Nova e depois Caetano) e acendeu um cachimbo, que deu ainda mais um ar de ponto de encontro para o movimento “anti-ditadura”. Só estávamos esperando ele nos dar uns panfletos para colar nas paredes da cidade.
Voltamos para o "hotel" e entramos no nosso apartamento. Arrumamos nossas bagagens e saímos para passear pelos arredores do prédio. Conhecemos os mercados (aproveitamos para comprar miojo, sucos, cervejas, pão e manteiga), as lojas de departamento (Paris, Ripley e Falabella) e encontramos uma galeria que é um tipo de praça de alimentação (não me lembro o endereço). Eu pedi um lanche no KFC que veio com uma paste de abacate (juro que na foto parecida uma folha de alface) e os três foram na PizzaHut. Depois do nosso almoço/janta fomos pra "casa" descansar e já emendamos pra dormir, umas nove da noite, pois estávamos cansados, e parece que no frio dá muito mais sono.

Link para vídeo desta viagem: