quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Viagem para Santiago e Buenos Aires - Parte 01

1º dia - 24 de julho de 2010
Eu, minha esposa Aline(3), meu primo André (mais conhecido como Bart) e sua namorada Aline (2) combinamos esta viagem há uns 5 meses atrás. Eu comprei minhas passagens pela LAN, no site de decolar (www.decolar.com.br), deixando somente as passagens entre Buenos Aires e São Paulo faltando, pois tentaríamos embarcar pelo “benefício” que nossa prima, Aline(1), irmã do André, que trabalha na GOL, ficou de arrumar para gente. Já o André e sua namorada tentariam pegar todos os vôos pelo benefício dela.
Sendo assim, saímos de S.Paulo e embarcamos no vôo da LAN às oito da manhã, direto para Santiago. No “caminho” conseguimos ver as montanhas cobertas de neve.
Após quatro horas de vôo, chegamos ao Aeroporto Internacional Comodoro Arturo Merino Benitez.
Fomos informados pelo comandante que a temperatura local era de 7ºC e já sentimos uma corrente fria quando as portas do avião foram abertas.
O aeroporto fica a uns 40 minutos do centro, como se fosse o aeroporto de Guarulhos para os paulistas.
Pegamos um fila bem grande na imigração que estava cheia de americanos e brasileiros. Depois perceberíamos que Santiago, ou melhor, Valle Nevado principalmente, é um retiro de férias para brasileiros,assim como Cancún para os americanos.
Voltando à imigração, depois de encarar mais de 45 minutos na fila, desta vez não tivemos surpresas (como em Cancún) e fomos pegar nossas bagagens, que já estavam nos esperando, já que os funcionários do aeroporto já tinham desligado a esteira, tamanha a demora nossa na fila da imigração.
("Obra" no aeroporto de Santiago)
Saindo do aeroporto, de acordo com minhas leituras em outros blogs de viagem, sabia que teria três opções para ir até o hotel. A primeira era o tradicional, mais confortável e mais caro, o táxi, que nos pediram algo em torno de U$50. A segunda opção eram as vans, que pegamos e pagamos U$20, para os dois. A terceira opção seria de ônibus que leva até a uma estação de metro, por cerda de U$2. Como estávamos com as malas e ainda não conhecíamos nada da cidade, tampouco do metrô, escolhemos a opção anterior. Na van tivemos que esperar mais uns 20 minutos, e com os pés quase virando sorvetes, até conseguir mais 3 passageiros, sendo 2 locais e 1 inglês. As pistas que liga Santiago ao aeroporto são muito boas, assim como as ruas do centro da cidade. Neste trecho deu uma impressão que estávamos em S.Paulo (apesar se não haver buracos nas ruas). As construções antigas são muito parecidas com as que encontramos na Sé, Anhangabaú, República...
Uma das principais Avenidas se chamava Libertador O'Higgins, mais conhecida como "Alameda", onde está o "cento financeiro" e comercial da cidade.
(Av: Libertador O'Higgins - mais conhecida como "Alameda")
Chegamos ao nosso "Hotel". Deixa-me explicar sobre nosso "hotel". Fechei pela internet o “San Marino Apart Hotel” (www.sanmarino.cl) que é na verdade um conjunto de 3 prédios residenciais que alguns proprietário compraram algumas unidades e os alugam para turistas. Ele é então um prédio residencial e não um hotel. Tem 2 quarto, sendo uma suíte com banheira, cozinha equipada com fogão, microondas, geladeira (como se fosse necessária) e armários com pratos, panelas e talheres.
(vista da sacada)
Como já tinha lido no site da tripadvisor (www.tripadvisor.com) é um bom custo beneficio, pois, como não se trata de um hotel, não existem serviços específicos, não tem café da manhã, nem restaurante próprio e nem é muito limpo, porém estamos pagando U$84 pela diária, dividido entre os dois casais. Existe um apartamento no terceiro andar que é tipo uma "portaria" para os turistas, lá você pode fechar pacotes de viagens, pedir os serviços de camareira, informações e até usar internet grátis, porém nós tínhamos wi-fi grátis no próprio apartamento, já que um vizinho deixou disponível seu acesso a internet, sem senha, com nome de "ale". Obrigado Ale!
No apartamento não tem sistema de aquecimento central como nos hotéis, então a sensação é de estarmos dentro de uma geladeira, dificultando, e muito, processos simples como, por exemplo, sair do banho ou da cama.
O apartamento está localizado no centro, bem próximo aos principais pontos turísticos da cidade. Estávamos a duas quadras da estação Plaza de Armas. Seria como se estivéssemos na Sé, em S. Paulo, com seus pontos positivos e negativos. Por exemplo, estamos a duas quadras do Palácio de La Real Audiencia y Museo Histórico Nacional, do Correo Central e da Municipalidad de Santiago, Basílica La Merced (vídeo)
As construções são bonitas, assim como o espaço, porém também parece ser um ponto de encontro para os mendigos e "pessoas mal-encaradas" da cidade. Outro ponto em comum com Sampa, no Paseo Ahumada só passam pedestres e existem muitas lojas da Falabella, Paris, Ripley e vários "Café com Pernas" como Café Haiti e Café Caribe (explicarei melhor esses "cafés" abaixo), além de várias baraquinhas de camelôs vendendo roupas de lã, luvas e gorros. Não seria igual se você fosse descrever as ruas da República? Tem até uma "Galeria do Rock", só que com lojas para "Peruqueria" (cabeleleiro). Só faltaram mesmo aqueles caras com placas de “Compro ouro” ou “Emprego”, penduradas no corpo. Outra desvantagem é jantar aqui por perto. Não tem nenhum restaurante bom, pois é um lugar meio abandonado durante a noite. Para encontrar bons restaurantes temos que ir para outros bairros como Providência, que é mais residencial, ou para Bella Vista, que é mais Vila Madalena. Sem dizer que dá um pouco de medo andar aqui à noite.
Em relação ao café é o seguinte, existem três tipos de café em Santiago: o primeiro é o que você toma na padaria, ou "panaderia", o segundo é um café um pouco mais ousado, onde normalmente é freqüentado por homens, onde as moças servem os cafés, atrás do balcão, vestindo mini-saias, e o lugar cheira fumaça de longe (pena que aqui não é proibido fumar em lugares fechados como em Sampa), e esses cafés têm a fachada de vidro espelhado, que não para ver direito dentro. O terceiro deve ser o famoso "inferninho", ou quase isso, que tem o letreiro "Cafe" com neon e o vidro é totalmente espelhado e, às vezes, dá pra ouvir as batidas do som dentro da casa e umas pessoas berrando (nem sei se servem café de verdade). Alguns desses cafés ainda deixam uns cartazes na frente, procurando por garotas de boa aparência para trabalhar. Vimos um cartaz de um desses cafés com uma foto de uma garota sem a parte e cima e com uma micro- saia mostrando metade da bunda e segurando uma banana.
Voltando ao nosso dia, fomos tomar uma chocolate quente no "Café da La Pausa", esquina entre as ruas Monjitas e Mosqueto, bem pequeno, com um carinha muito engraçado parecido com o Nando Reis, que nos atendeu. Dentro do café tinha uns quadros de umas celebridades, como Woody Allen. Minha esposa pediu um chocolate quente com menta e eu com laranja, já que não havia a opção de “somente” chocolate-quente. Na parede existem os periódicos (jornais) disponíveis para quem quiser ler. O "Nando" colocou um CD com músicas brasileiras (Bossa Nova e depois Caetano) e acendeu um cachimbo, que deu ainda mais um ar de ponto de encontro para o movimento “anti-ditadura”. Só estávamos esperando ele nos dar uns panfletos para colar nas paredes da cidade.
Voltamos para o "hotel" e entramos no nosso apartamento. Arrumamos nossas bagagens e saímos para passear pelos arredores do prédio. Conhecemos os mercados (aproveitamos para comprar miojo, sucos, cervejas, pão e manteiga), as lojas de departamento (Paris, Ripley e Falabella) e encontramos uma galeria que é um tipo de praça de alimentação (não me lembro o endereço). Eu pedi um lanche no KFC que veio com uma paste de abacate (juro que na foto parecida uma folha de alface) e os três foram na PizzaHut. Depois do nosso almoço/janta fomos pra "casa" descansar e já emendamos pra dormir, umas nove da noite, pois estávamos cansados, e parece que no frio dá muito mais sono.

Link para vídeo desta viagem:

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